Raio:

Arquivo de setembro, 2013

Espero poder esclarecer as dúvidas daqueles que devido a conjuntura atual pensam que a emigração pode ser a solução para um futuro com pastos mais verdes, e nesse sentido olham para os diferentes países de língua inglesa (normalmente a primeira escolha) como uma opção. Penso que pela minha experiência não só na Austrália mas como emigrante desde o inicio de 2004, posso ajudar a tomada de decisões quer sejam estas de encorajamento ou na realização de que e uma impossibilidade.

australia

Recomendo a leitura do meu primeiro testemunho para o forumenfermagem, porque não vejo o valor de me estar a repetir. Como desde então, não senti a necessidade de voltar a emigrar, nunca mais voltei a procurar informação sobre o assunto. Embora tenham passado alguns anos, e saiba que houve algumas alterações na legislação, o processo e muito semelhante. Continua a ser determinante para o sucesso deste processo o teste de inglês, normalmente IELTS (penso que pode ser outro, desde que seja reconhecido) com uma média de 7 (entre 0 a 9), as traduções de documentos necessitam de ser feitas por tradutores certificados e autenticadas pelo English Council. O Visa de eleição continua a ser o sub class 457 (patrocinado pela entidade empregadora), a não ser que o registo na Ordem dos enfermeiros tenha melhorado, continua a ser um processo moroso. O que não melhorou, e quanto a isso tenho a certeza, foi o investimento monetário, a última vez que ouvi falar no preço do visa acho que estava acima dos 3000 dólares australianos, o que e um aumento de mais de 30% desde 2006-2007. Mas para melhor esclarecimentos aconselho vivamente a consulta do site do Department of Immigration and Citizenship onde poderão encontrar tudo o que e necessário para serem bem-sucedidos, alem de informação sobre estilo de vida australiano. Ou ainda diferentes tipos de visa, que poderão tornar o processo mais fácil.

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Isle of man

 

Eliana  Firmino é enfermeira numa Nursing Home, em Isle of Man (UK). O seu contacto chegou-nos através do nosso parceiros Best Personnel (link). A seguir apresentamos o testemunho sobre uma experiência num cenário pouco habitual mas interessante.

 

 

ES – Diga-me porquê e como é que tomou a decisão de emigrar para o Reino Unido?

Como é do conhecimento de todos nós, neste momento Portugal encontra-se a atravessar um período de grandes dificuldades. Podemos constatar que neste momento em Portugal os mais afectados estão a ser os jovens, jovens com vontade de trabalhar, de lutar por uma causa, com vontade de ficar naquela que sempre foi a sua nação, fazer por esta o que esta um dia fez por nós, lutar para fazê-la crescer novamente.

Estes jovens portugueses, lutadores e determinados, com um longo percurso académico vêm-se obrigados a passar os seus dias a esfolhar o jornal, a percorrer todos os sites da internet à procura do emprego ideal, a enviar 10, 20, 30 vezes por dia o seu currículo e no final de tudo deparam-se com a dura realidade…”Ninguém responde?”, onde está aquela frase educada “obrigada pela sua candidatura”.

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Entrevista para o Emprego Saúde por:
Mónica Sousa
Administradora do grupo do facebook
Grupo Enfermeiros em Portugal e no Mundo

João Dias, é um jovem de 24 Anos. Nasceu em Leiria, onde também frequentou o curso de Enfermagem, na Escola Superior de Saúde de Leiria. Define-se como orgulhoso e independente, apaixonado por música. Decidiu ser enfermeiro por influência da situação de saúde do pai, que o obrigava a visitas regulares a clinicas e hospitais. Aos 24 anos, conseguiu finalmente o reconhecimento do seu Diploma na Alemanha, o que lhe permite trabalhar e ser reconhecido como Enfermeiro, depois de ter trabalhado um ano com um contrato de auxiliar, com as funções de Enfermeiro. Está atualmente a trabalhar num lar de idosos na cidade de Sinzig na República Federal da Alemanha.


João, porque a Alemanha?

Já durante o curso discutia com os meus colegas a possibilidade de ir trabalhar para o estrangeiro. Com a situação actual do país, era dificil permanecer em Portugal, mas achava que nunca ia sair de lá…Eu decidi ir para a Alemanha cerca de 6 meses depois de ter acabado o curso. Na altura, ainda procurei ir para outros países, como Inglaterra, Bélgica e França, mas a Alemanha surgiu como a “resposta mais rápida”. A oferta era muito grande, e as respostas eram rápidas. Além disso, as ofertas de emprego apresentavam-se ser mais interessantes do que para outros países.

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catia_ferreira_empregosaude
Entrevista para o Emprego Saúde por: 
Mónica Sousa
Administradora do grupo do facebook
Grupo Enfermeiros em Portugal e no Mundo

Questões baseadas no artigo de Inês Almeida
Filipa Mendonça, na rota da diáspora da enfermagem


Cátia Ferreira. 24 anos. Nascida em Baltar, distrito do Porto. Defino-me como Teimosa, faladora quanto baste, divertida e apaixonada por viagens. Durante anos quis ser jornalista, mas aos 18 anos ao ter o meu primeiro contacto com o meio hospitalar, e ao visualizar a capacidade de trabalho de uma equipa que dá 100% todos os dias para o bem-estar do outro, decidi ser enfermeira, profissão que exerço em Anderlecht, Bruxelas há um ano, após quatro anos de licenciatura na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria. Aos 24 anos considero me realizada e feliz com a decisão de deixar Portugal.

Cátia, quando iniciaste a tua licenciatura em Enfermagem, já perspectivavas seguir uma carreira fora do país?

Sim, frequentei o curso de enfermagem em Leiria durante 4 anos. Quando iniciei a licenciatura em enfermagem, tive esperança de conseguir trabalho em Portugal, mas a partir do 3º ano percebi que não ia ser fácil e comecei a pensar em alternativas, como trabalhar fora do país. Ideia assustadora inicialmente, mas que se foi tornando forte com o passar do tempo, sobretudo depois de realizar Erasmus em Espanha durante 3 meses.

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