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Artigos Marcados “enfermeiram migração”

cat_oliv1Catarina Oliveira. 24 anos de vida. Venho da terra que viu o galo cantar, Barcelos, mas foi em Famalicão, na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, que me formei como enfermeira. E porquê enfermeira? Tinha eu quinze anos quando a minha mãe me dizia: “Vai trocar ali a fralda à tua tia… Muda a posição à tua avo”… E como estes, tantos outros pedidos que eu fazia com todo o amor. Comecei a desenvolver o CUIDAR de tios e avós, que tanto me formaram como pessoa e disse a mim mesma: “Um dia hei-de ser Enfermeira”. E assim foi.

Venho de uma enorme família, humilde, que lutou para ter o que tem e ser aquilo que é. E isso, reflete-se enormemente na pessoa que sou hoje. Tive uma educação centrada no “faz aos outros o que gostavas que te fizessem a ti”, e tenho a bondade do meu avô presente em cada gesto da minha vida. Sou humana. Muito. Dou imenso daquilo que sou aos que se cruzam na minha vida. Sou dinâmica, observadora e diria que um pouco perfecionista. Quero sempre dar o meu melhor. Ambiciosa também. Chatinha por vezes, mas como diria a minha avozinha “um amor de pessoa”. Durante estes vinte e quatro anos de vida pertenci a imensos grupos: escuteiros, catequese, acólitos, futebol, voluntariado, campos de férias… Tinha a minha vida ocupada a 200%… Mas era imensamente feliz nesse dispensar de energia, de tempo… Ganhei imensa bagagem como pessoa. Conheci imensas pessoas. Vivi variadas experiências. E tornei-me numa pessoa “apta a tudo”. E esta aptidão fez-me, aos vinte e dois anos, partir com uma mala de 20Kg, o meu primeiro bilhete de avião e o destino Paris, sem ter qualquer tipo de proposta de trabalho. Tinha apenas o desejo de vingar no meio destes avec’s, como lhes chamava, a ambição de me superar a mim mesma, num enorme desafio que seria: Procurar emprego numa das capitais europeias, e posto isso, VIVER numa capital como Paris. Superei-me… Como tantos milhares (milhões?) de portugueses se superam em emigração.

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