Vânia e Victor: Uma experiência internacional vivida a dois
Foi muito diferente daquilo que esperava. E para melhor. (Vânia Mendes)
Tudo está bem quando acaba bem. (VÃctor Mendes)
ES – Ter uma experiência internacional foi sempre um objetivo vosso?
Vânia – Quando concluà o curso em Portugal, vi-me sem perspetivas reais no meu paÃs. Foi então que vi a oferta de trabalho na Victor’s, na Alemanha, na área da prestação de cuidados. Naturalmente, as perspetivas lá eram muito melhores. A mudança para a Alemanha significava que teria de deixar a minha famÃlia em Portugal. Além disso, não conhecia ninguém na Alemanha. Essa parte foi muito difÃcil para mim, até porque pensava que as pessoas na Alemanha eram mais frias e não muito dadas a ajudar. O que faria num paÃs assim, além de trabalhar e passar o resto do tempo sozinha? Contudo, o meu marido tentou encontrar trabalho em França. Por fim, ganhei coragem e candidatei-me a uma vaga na Alemanha. Aceitaram-me passado muito pouco tempo, fiz os cursos de lÃngua e tive a sorte de poder começar numa pequena cidade no oeste da Alemanha, juntamente com uma colega de curso.
VÃctor – Em Portugal, interrompi o curso de enfermagem, porque tive de começar a trabalhar. Tentei a sorte em França, até que a minha mulher arranjou trabalho na Victor’s, na Alemanha. No entanto, eu não sabia alemão, não tinha concluÃdo o curso e, a princÃpio, vi-me sem perspetivas na Alemanha. Ao fim de algum tempo a trabalhar na Victor’s, a minha mulher começou a perceber que o grupo contava com várias atividades para as quais não era fundamental saber falar fluentemente alemão nem ter concluÃdo a licenciatura, incluindo nos hotéis que faziam parte da empresa, e fui saber se havia alguma vaga para mim.
ES – Vânia, e como foi a mudança para a Alemanha?
Vânia – Nada foi como eu esperava. Foi muito melhor. Até encontrarmos nosso próprio apartamento, eu e a minha colega ficámos alojadas na própria residência da Victor’s. Os nossos quartos eram mesmo por cima um do outro. Não há dúvida de que essa parte foi boa. Mas a melhor parte foi que os nossos novos colegas, juntamente com a gerência da casa, tinham tido o cuidado de nos deixar flores frescas e uma televisão nos quartos. Também nos tinham deixado comida no frigorÃfico para um pequeno-almoço em grande.
ES – Como foi a vossa integração profissional?
Vânia – O facto de ser acolhida com tanta atenção e carinho fez-me sentir muito bem-vinda. E essa sensação manteve-se ao longo do tempo. Durante a integração e mais tarde, no meu trabalho como prestadora de cuidados. Incluindo na minha nova localização em Bona. A relação entre os colegas é realmente familiar e agora o meu marido está também a trabalhar na Victor’s. Entretanto, comprámos casa e tivemos a nossa primeira filha.
VÃctor – Foi tudo muito simples. O gerente da residência em que trabalha tratou logo de procurar e conseguiu um emprego para mim na Victor’s em Bona, e no ramo da prestação de cuidados, ou seja, mesmo na área em que eu tinha estudado em Portugal. Neste momento, continuo a aprender alemão, tenho várias opções para concluir a formação, já comprámos uma casa na Alemanha e tenho perspetivas completamente diferentes das de há três anos, incluindo em termos profissionais.
ES – Vânia, e perspetivas de futuro?
Vânia – Gostaria de assumir a gestão de uma residência. É um objetivo realista e em relação ao qual conto com o apoio do meu empregador, que proporciona mais formação e tudo o que isso implica.
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